quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Vestindo saúde

Saudações a todos! Passado o carnaval vamos dar continuidade à nossa sequência de posts abordando o universo Health Tech e o tema de hoje é wearables.

Afinal, o que são wearables? Na tradução livre wearables são aparelhos "vestíveis" e por estranho que pareça o nome é exatamente isso, tecnologia de vestir. Os mais famosos, dos quais muitos ouviram falar ou mesmo tem, são os smartwatches, relógios inteligentes que misturam as funções de um celular com um relógio convencional e podem medir parâmetros de saúde e atividade física dos seus usuários.

É justamente essa capacidade de medir parâmetros de saúde e atividade física que torna esse tema relevante para Healthcare. Também contribui para a relevância dos wearables na área de Saúde o fato que seu uso estimula o envolvimento das pessoas com a própria saúde, aumentando o seu engajamento. Cerca de 75% dos usuários de wearables afirmam que seu engajamento em suas condições físicas e de saúde aumentou após começarem a usa-los.

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crédito: http://www.information-age.com/

Não por acaso operadoras de saúde estudam oferecer a seus clientes wearables, pois contam com uma redução de sinistralidade, que auxilia a reduzir a conhecida espiral dos custos de saúdes. Algumas outras operadoras consideram oferecer descontos nos planos de saúde a usuários que cumprirem metas de saúde baseadas em registros de wearables.

A maior parte do mercado de wearables hoje está com smartwatches, muito pela sua praticidade de uso. Além da tradicional contagem de passos, as características mais comuns à maioria dos smartwatches incluem o monitoramento da frequência cardíaca e do sono.

O monitoramento de frequência cardíaca em repouso e também em módulos de diferentes atividades físicas pode emitir alertas para aumentos atípicos da frequência, que podem ser sinal de eventos cardíacos como um infarto.

A qualidade de sono monitorada permite um relatório de sono, ajudando o usuário a entender como dorme e como melhorar seu sono e sabemos que um sono de qualidade é importante para o bem estar, cognição e saúde geral de todos.

Nessa área, um bom exemplo é o FitBit Ionic. Embora com um design questionável, esse smartwatch, além das features mais comuns, informa quantidade de sono leve, profundo e REM.

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crédito: http://www.pocket-lint.com/

O Apple Watch se destaca por também fazer um eletrocardiograma e por emitir alertas de queda. Há relatos de pessoas que salvaram suas vidas graças a essas features, cujo alerta as fez procurar atendimento médico precoce.

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crédito: http://www.apple.com/

A Onrom produz o HeartGuide, o primeiro smartwatch que mede a pressão arterial do usuário, oferecendo ainda as outras características mais comuns destes devices.

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crédito: http://healthcareweekly.com/

Players tradicionais desse mercado incluem a FitBit (comprada em 2019 pela Google por 2,1 bilhões de dólares), a Garmin e a Polar, sendo que as chinesas Huawei e Xiaomi (através da Huami) tem avançado nesse mercado.

Contudo, não apenas de smartwatches vivem os wearables, então vamos falar um pouco sobre alguns outros wearables interessantes e/ou promissores em Healthcare.

A headband do Muse é um wearable que auxilia a meditar e baixar o stress. O usuário coloca na cabeça a headband que capta ondas cerebrais de modo similar a um eletroencefalograma e as transmite na forma de sons ao usuário. Há sons específicos para ondas relacionadas a um estado mental mais relaxado e outras para estados mentais de maior foco ou intensidade cerebral. Uma "assistente pessoal de meditação" pode conduzir o usuário em um processo de relaxamento / meditação.

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crédito: http://choosemuse.com/

Uma área bastante promissora em wearables é, com perdão do trocadilho, das roupas "vestíveis".  Uma pesquisa do fórum econômico mundial apontou que mais de 90% das corporações acreditam que já em 2025 cerca de 10% da população mundial usará roupas com wearables. São sensores adaptados / costurados a roupas para auxiliar no registro de parâmetros físicos e de saúde. Como por exemplo podemos citar as meias da Sensoria ou as calças leg da Wearable X.

SensoriaCore
crédito: http://www.sensoriafitness.com/

Adesivos de pele, como o Philips wearable biosensor, são pequenos adesivos que, colocados na pele, medem frequência cardíaca, respiratória, temperatura e movimentos, compartilhando essas informações e ajudando a controlar pessoas que necessitam de monitoramento contínuo.

Wearable biosensor Wireless remote sensing device

crédito: http://www.usa.philips.com/

Enfim, há wearables para quase tudo e de quase todo modo. Alguns vão ter mais sucesso e outros podem desaparecer com o tempo. Pessoalmente, aposto naqueles que forem mais convergentes. Se você puder ter em um mesmo device frequência cardíaca, pressão arterial e monitoramento de sono confiáveis, isso vai ser melhor do que ter um device para cada um desses itens.

Além da convergência, a  conveniência de uso é outro fator importante para o sucesso de um gadget. Devices de uso fácil como um relógio ou um pequeno chip na roupa, que podem ser usados quase imperceptivelmente, tem mais chance de massificação.

Encerramos por aqui esse post, após uma sucinta exposição sobre o assunto, sempre focando em Healthcare. E você, tem algum wearable? Fique a vontade para compartilhar suas impressões e, se tiver gostado desse post, compartilhe-o com seus amigos e conexões. Até a próxima!








2 comentários:

  1. Mais um rol utilidades, frutos do constante avanço de pesquisas tecnológicas, que vem em auxílio na busca da melhoria das condições de saúde das pessoas. Como em posts anteriores, chama logo a atenção as possibilidades de esses "aparelhos vestiveis" ajudarem na redução dos custos da medicina para as operadoras de saúde, ensejando, havendo repasse das vantagens financeiras, o barateamento dos seus planos, que têm sido acessíveis a pequena parcela da população. Claro, se tais aparelhos justapostos aos corpos do pacientes, permitem acompanhamentos, medições e alertas antecipadamente, sem necessidade de deslocamentos difíceis e corridos a hospitais, em especial em cidades enormes, de trânsito difícil é imprevisível, abortam-se problemas graves, de intervenções altamente invasivas e de alto custo, já que eles (aparelhos) permitirão correções preventivas e, obviamente e presumivelmente, a baixos custos. Planos mais baratos permitindo a universalização, ou quase isso, dos beneficiados. Há, ainda - aspecto evidenciado no post do autor - o chamamento às pessoas para o melhor cuidado com a própria saúde, diante das novas facilidades proporcionadas pelos equipamentos para monitoramento imediato e contínuo de suas condições físicas pessoais. É o maravilhoso mundo da tecnologia empurrando o horizonte sempre para mais distante.

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  2. Parabéns ao autor.Trata-se de assunto,verdadeiramente importante,por discorrer sobre novas tecnologias que vêm em socorro preventivo de nossa saúde, não excluindo outras aplicações.

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Descomplicando a Impressão 3d. O que é isso e o que há em Medicina e Saúde para ela.

Saudações a todos! Espero que estejam, dentro do possível para tempos de pandemia, bem e com saúde. Que o new normal que vai emergir ao fim ...